
Durante a Semana do Clima de Nova York, o Centro de Energia, Finanças e Desenvolvimento (CEFD), em parceria com a equipe da presidência brasileira da COP30, organizou a mesa redonda “Desafios Econômicos da Transição para o Afastamento dos Combustíveis Fósseis”. O evento reuniu especialistas globais para debater estratégias e soluções para uma transição justa e economicamente sustentável.
Ana Toni, Secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e diretora da equipe da COP30, abriu e encerrou o encontro, destacando a urgência de posicionar a agenda de transição dos combustíveis fósseis no centro das negociações climáticas no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC).
O evento foi estruturado em dois painéis de alto nível. O primeiro painel, focado na transição no contexto energético global, analisou as tendências atuais do mercado de óleo e gás e discutiu soluções para coordenar o afastamento dos fósseis em nível internacional. A conversa foi mediada por João Marcos Paes Leme, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, e contou com as valiosas contribuições de:
- Greg Muttitt, Diretor Associado do International Institute for Sustainable Development (IISD);
- Clarissa Lins, Sócia-fundadora da Catavento Consultoria;
- Lahra Liberti, Chefe da Divisão de Recursos Naturais para o Desenvolvimento da OCDE.
O segundo painel abordou a diversificação econômica em um mundo pós-fósseis e foi mediado por Nicolas Lippolis, Diretor Executivo do CEFD. O debate explorou formas de mobilizar recursos para promover indústrias de baixo carbono, considerando os desafios da dependência fiscal, comercial e do mercado de trabalho em relação aos combustíveis fósseis. Participaram do diálogo:
- Ana Carolina Gonzalez, Diretora de Pesquisa da Natural Resource Governance Institute (NRGI);
- Diego Mesa, ex-Ministro de Minas e Energia da Colômbia;
- Omotenioye Majekodunmi, do Conselho Nacional para Mudanças Climáticas da Nigéria;
- Sîan Bradley, Associada Sênior da E3G – Third Generation Environmentalism.
Ao final dos painéis, seguiu-se um rico diálogo entre todos os participantes sobre os princípios e as políticas necessárias — em âmbitos nacional, bilateral e multilateral — para impulsionar as soluções para estes desafios complexos.



