
A África enfrenta uma grave crise de pobreza energética, com mais de 600 milhões de pessoas sem acesso à eletricidade e 1 bilhão dependendo de biomassa para cozinhar.
Apesar de possuir vastas reservas de minerais críticos vitais para tecnologias de energia limpa (como cobalto, platina, grafite e cobre), o continente atrai apenas uma fração dos investimentos globais em energias renováveis (2% entre 2000 e 2020). Este desafio exige soluções urgentes e inovadoras!
Neste contexto crucial, o pesquisador Nicolas Lippolis, fundador do Centro para Energia, Finanças e Desenvolvimento (CEFD) foi convidado a falar na Future of Energy Conference, 2025 em Acra, Gana, a convite de Benjamin Boakye diretor-executivo do Africa Centre for Energy Policy (ACEP), instituição organizadora do evento.
A conferência teve como objetivo identificar soluções, fortalecer a integração regional e impulsionar estratégias inovadoras para a mobilização de recursos, investimento e tecnologias para a transição energética da África.
Dr. Lippolis falou sobre os aprendizados das experiências das Empresas Nacionais de Petróleo (NOCs) do Brasil e de Angola no tratamento da transição energética, ao lado de líderes de NOCs de Gana e da Nigéria.
O fundador do CEFD também participou de bate-papo no palco principal do evento com Kodzo Yaotse, líder de políticas – petróleo e energia convencional do Africa Centre for Energy Policy, sobre o papel transformador das NOCs no financiamento da infraestrutura verde da África.
Entre os principais pontos abordados, Dr. Lippolis destacou que a produção de petróleo e gás na maioria dos países africanos está em declínio, e a demanda global por combustíveis fósseis deve diminuir, impactando severamente as economias dependentes.
Portanto, é imperativo que as NOCs africanas abracem a transição energética. Isso exige uma abordagem estratégica e colaborativa, com foco em:
- Governança e Transparência: Essenciais para atrair e gerenciar investimentos.
- Autonomia: Para negociar parcerias estratégicas internacionais, a fim de atrair investimentos e facilitar a transferência de capacidades.
- Consciência Contextual: Cada país tem um cenário único; os planos devem ser adaptados às capacidades e realidades existentes, procedendo com cautela.












